Review: MotorStorm Arctic Edge
MotorStorm: Arctic Edge
Distribuido por: Sony Computer Entertainment
Desenvolvido por: BigBig Studios
Número de Jogadores: 1-8
Data de Lançamento: USA 29/09/2009; Japão 01/11/2009
Se você procura um jogo de corrida onde só é necessário ter um pensamento fundamental, correr, então considere sua busca encerrada: MotorStorm: Arctic Edge proporciona corridas em altas velocidades, pistas elaboradas e competidores realmente difíceis, além de conteúdo extra suficiente para prender a sua atenção mesmo após ter terminado o modo campanha.
“Agora sim eu sinto que estou rápido”
Algo que me incomoda bastante em jogos de corrida é quando eu não tenho a sensação de velocidade. Por exemplo, ao jogar os games da série Need For Speed, eu vejo o velocímetro tremendo em 300 km/h e ao olhar para o veículo, simplesmente não tenho a impressão de que o carro está tão rápido assim. Eu sinceramente não sei o que é responsável por esse efeito, mas ele está presente em Motorstorm. Você realmente crê que está chegando ao limite do veículo, e que se você forçar mais um pouco ele irá explodir. E não, eu não estou brincando. O seu carro realmente explode caso você abuse do seu boost, que começa a apitar desesperadamente quando está perto do seu limite. Só faltava um sistema de Rumble Pack pra completar o pacote.
"Cara, é normal sair uma labareda do exaustor?"
“Esse caminhão f@#$% me esmagou!”
Outra característica marcante desse jogo é a insanidade. Se você não considera isso uma qualidade, então esse game não é pra você. Em que outra corrida você espera que um carro feche uma moto, que por sua vez desvia do buggy somente para ser arremessada pelo caminhão, que estava emparelhado com uma espécie de trator? E se você achou isso confuso, posso lhe garantir que ao vivo é bem pior. Em relação também aos veículos, você pode customizá-los. Não espere fazer grandes modificações, mas será o suficiente para ser único. Quanto mais corridas você ganha, mais automóveis estarão disponíveis em cada tipo, até o máximo de 3 tipos de veículos em cada categoria.
"Coooooooorrrreeeeee!"
“Esse loop parece ser bem insano”
Para adicionar à velocidade do jogo, os cenários são bem malucos também. Rampas, loops, fendas, avalanches e outros desafios estão presentes nas corridas, e saber aproveitar cada uma dessas situações é o que irá lhe garantir vitória, além, é claro, de evitar ser jogado pra fora da pista por outros competidores. A física do jogo também entra no clima, e não raramente você irá praticamente voar pelos cenários, seja intencionalmente ou arremessado. E durante as corridas, cada tipo de cenário é favorável a um tipo de automóvel. Por exemplo, motos e veículos mais leves têm vantagem em pistas mais regulares e retas, como concreto e metal. Já caminhões e semelhantes reinam em terra fofa e caminhos mais baixos. E dependendo do seu estilo de jogo, há a opção de ser tanto um esguio e rápido motociclista quanto um destruidor e lento caminhão. Seja o que você achar o melhor.
As maravilhas da engenharia moderna
Vale uma menção honrosa também aos gráficos. Eles são muito bons. Obviamente, levando em conta as limitações do PSP e o que já foi mostrado em outros jogos de corrida. Considerando também que aqui há oito veículos na mesma corrida lutando literalmente entre si enquanto voam e se explodem por aí, facilmente ele se destaca entre os outros. Enquanto em outros jogos há no máximo quatro veículos por corrida, e o cenário praticamente não é interativo, ainda que eu não gostasse do estilo do jogo (muito pelo contrário), eu teria que reconhecer que ele tecnicamente é melhor que os seus concorrentes no portátil.
“E o modo campanha?”
É bem simples. Você ganha as corridas e pronto. Sem estágios de drifts, sem rachas ou algo assim. Há tipos de corrida como as de checkpoint, de time trial ou só com um tipo de veículo, mas essencialmente representa apenas ser o mais rápido, e para isso você tem que treinar. E muito. Esse é um dos problemas do jogo. A não ser que você esteja acostumado a jogos de corrida, a curva de aprendizado do jogo é bem irregular, pois de repente a dificuldade aumenta bruscamente. E com ela os palavrões e as constantes derrotas.
"!$%@!%, eu tava ganhando!”
“Mais alguma coisa?”
Após zerar o modo Festival, você pode refinar a sua habilidade no Time Trial, vencendo o fantasma do melhor tempo dos criadores do jogo para cada corrida. É um bom desafio. Pra falar a verdade, é mais difícil conseguir os melhores tempos que zerar o jogo em si. Felizmente, esse modo é opcional. Além desse tipo de corrida, você pode colecionar medalhas (badges), que são obtidas através do preenchimento de certos requisitos, desde zerar o jogo até ganhar cinco corridas explodindo durante a chegada. É esse o espírito. Ao total, são vinte e três medalhas. Boa sorte ao tentar pegar todas.
“Ultrapassando a linha de chegada em chamas”
MotorStorm: Arctic Edge fornece tudo o que um apaixonado por jogos de corrida precisa: desafios em alta velocidade e competitividade. Para dar um toque extra, há a presença de gráficos sólidos, boa trilha sonora, cenário interativo, conteúdo opcional desafiador e um caos inerente, que pode não agradar a todos, mas certamente é interessante e divertido. Os pulos de dificuldade podem ser frustrantes, mas a diversão compensa essa falha. Com essa fórmula, este jogo é sem sombra de dúvida um dos melhores jogos de corrida que o portátil já teve.
Nota: 9,0
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